domingo, 28 de junho de 2020

O que é um Cristão? 5/12 O Espírito Santo (parte 3)



Se for perguntado: em que momento uma alma é selada pelo Espírito? A resposta é que Atos 10:34-48 mostra claramente que, quando uma alma recebe o testemunho de Deus quanto ao perdão dos pecados por meio do Salvador antes crucificado, mas agora ressuscitado, é nesse instante em que a alma é selada pelo Espírito. Leitor, você recebeu esse testemunho? Você tem tanta certeza de que seus pecados são perdoados quanto a existência do sol nos céus? Pois qualquer coisa que não seja absoluta certeza não é crer em Deus. Então certamente você será selado pelo Espírito Santo, vindo habitar em você para sempre, e o resultado desse selamento será que o Espírito testificará com o seu espírito de que você é um filho de Deus e o ensinará a clamar: "Aba, Pai" (Romanos 8:15-16). Infelizmente o fato de que a maioria das orações é dirigida ao Deus Todo-Poderoso, mostra inconfundivelmente o senso de distância deixado na mente dos crentes; pois aquele que é selado pelo Espírito não pode deixar de orar ao Pai. Quão triste é então que o título "Nosso Deus e Pai", que é invariavelmente usado nas Epístolas, seja tão raramente ouvido. Leitor, de que modo você se dirige a Deus e pensa em Deus?


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O que é um Cristão? 5/12 O Espírito Santo (parte 2)



Essas passagens nos mostram, sem a menor dúvida, que o Espírito Santo não havia vindo e não podia habitar aqui até que o Senhor Jesus tivesse entrado em glória. Por certo, os dois fatos maravilhosos do Cristianismo são estes: primeiro, que um Homem está sentado no trono de Deus; este homem, claro, é o Deus-homem Cristo Jesus; e segundo, que Deus, o Espírito Santo, como consequência do primeiro fato, desceu na terra para habitar no povo redimido de Deus. Em Atos 1:5 está escrito: "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias". O segundo capítulo de Atos descreve como o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes; e não podemos ter isso muito profundamente sobre nós se não entendermos que o grande fato que ocorreu naquele dia não foi o falar em línguas, nem a conversão de 3000 pessoas, mas a vinda do Espírito Santo para habitar conosco para sempre. Se a presença do Espírito Santo dependesse de nossa fidelidade, deveríamos tê-lo afastado de nós há muito tempo. Mas, bendito seja Deus, Sua presença não depende disso, mas da presença do Senhor Jesus Cristo à direita de Deus, "Ele ficará convosco para sempre". Que bênção indizível é esta que o Espírito Santo habita em todos nós que somos verdadeiros crentes e nunca nos deixará, mas nos conduzirá com segurança para compartilhar a glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Os homens costumam dizer: "Não entristeça o Espírito ou então Ele pode deixar você". Deus diz: "Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção" (Efésios 4:30), isto é, não entristeça o Espírito, porque Ele nunca o deixará. Oh! Quão diferentes são os caminhos de Deus e os pensamentos de Deus em relação aos caminhos do homem e pensamentos do homem.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

quinta-feira, 25 de junho de 2020

O que é um Cristão? 5/12 O Espírito Santo (parte 1)

O Espírito Santo

O verdadeiro Cristão também tem o dom do Espírito Santo, de acordo com as palavras do Apóstolo Pedro: "E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, em remissão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo; porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar" (Atos 2:38-39). Pode não ser muito claro entender que esse dom do Espírito Santo não é o novo nascimento, mas algo a mais. É uma bênção peculiar pertencente aos crentes da atualidade, ou seja, desde o dia de Pentecostes. Não era possuído por Abrão, Moisés ou qualquer um dos santos do Antigo Testamento. O Espírito Santo agiu na criação (veja Gênesis 1:2 e Isaías 40:13); e desde a criação de Adão, tudo de bom que alguém já fez tem sido obra do Espírito. Todo santo do Antigo Testamento nasceu do Espírito, como está claramente provado em João 3:3-6; pois sem esse novo nascimento seria impossível para eles entrarem, ou mesmo verem, o reino de Deus. A Escritura tem o cuidado ao fazer distinção entre a obra de Deus e Deus habitando entre Seu povo. Assim, nos é dito que Deus visitou Adão no jardim do Éden; mas Ele não habitou lá. Mas depois que os filhos de Israel foram redimidos pelo sangue, e pelo poder de Deus para fora do Egito (toda a história deles é um tipo para nós), então Deus disse: "E me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8). E depois que o tabernáculo foi feito, Ele habitou entre eles (veja Números 5:3 etc.). Do mesmo modo, embora o Espírito Santo estivesse sempre trabalhando entre o povo de Deus em todas as épocas, Ele não desceu para habitar neles até o dia de Pentecostes. Era realmente impossível que Ele pudesse vir assim, até que a redenção fosse realizada e até que Jesus Cristo fosse glorificado depois de concluir a obra que Ele veio fazer: "E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse Ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado" (João 7:37-39). "Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei" (João 16:7). "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (João 14:16).


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

segunda-feira, 22 de junho de 2020

O que é um Cristão 4/12 Justificação e Santificação (completo)

Justificação e Santificação

O crente não é apenas perdoado, mas também é justificado - isto é, considerado justo. E bendito seja o nome de Deus, que Ele é justo ao fazer isso em virtude da obra do Senhor Jesus Cristo. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados livremente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus; a quem Deus propôs como propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça ao deixar passar os pecados antes cometidos" (tradução literal) "pela paciência de Deus; para demonstrar, neste tempo presente, a Sua justiça; para que Ele seja justo e o justificador daquele que crê em Jesus". (Romanos 3:23-26). Isso nos mostra que, antes da morte e ressurreição de Cristo, só era justamente possível que Deus deixasse passar os pecados dos crentes do Antigo Testamento, em virtude do que Ele ainda iria fazer; eles não poderiam ser justificados, pois Cristo ainda não havia morrido. Mas agora, desde a ressurreição de Cristo, bendito seja o Seu nome, nós que cremos somos não apenas perdoados, mas justificados. Um homem pode perdoar a outro por um pecado cometido contra ele; mas nenhum homem pode justificar outro homem; você pode perdoar a um ladrão, mas não pode justificá-lo. Mas Deus justifica o pecador que crê em Jesus. É como se tivéssemos ido à vara do julgamento; tivéssemos sido provados culpados e totalmente sem desculpa; e ainda assim, de uma maneira maravilhosa, tivéssemos conseguido sair daquela vara, não apenas absolvidos, mas até mesmo sem nem sequer uma mancha em nosso caráter.

Um criminoso perdoado nunca poderia se sentir confortável na presença de seu juiz e nem mesmo na de homens honestos. Mas, bendito seja o nome de Deus, não somos apenas criminosos e pecadores perdoados; mas justificados, ou seja, somos positivamente considerados justos; e, portanto, estamos em paz com Deus e podemos nos sentir confortáveis em Sua presença; como está escrito: "ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação. Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Romanos 4:23-25; 5:1-2). Isso é ainda mais fortemente colocado nos versículos: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21), "Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus ... justiça" (I Coríntios 1:30), "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz" (Colossenses 1:12). Quão claramente esses versículos nos mostram que o crente não apenas é perdoado, mas também é considerado positivamente justo e, portanto, adequado à presença do próprio Deus. Mas lembre-se, meu caro leitor, de que isso não é em virtude de qualquer coisa que o crente tenha feito ou fará; mas simplesmente e unicamente em virtude da graça de Deus e da obra de Cristo. Essa verdade é outra vez muito claramente exposta nos tipos do Antigo Testamento da oferta pelo pecado e da oferta queimada/holocausto (Levítico 1-7). Em cada uma dessas ofertas, o ofertante pôs a mão na cabeça do animal inocente a ser oferecido; e o significado dessa imposição de mãos era de que o ofertante estava assim identificado com a vítima. Existe, no entanto, esta grande diferença entre as ofertas. A carcaça da oferta pelo pecado foi tratada como uma coisa amaldiçoada e queimada fora do arraial, mostrando que nosso pecado foi transferido para Cristo, e Ele foi amaldiçoado por nós (veja Gálatas 3:13); enquanto que o holocausto, que foi totalmente queimado como um aroma agradável a Deus no altar, mostra que a aceitabilidade de Cristo é transferida para nós que cremos. Para colocar em linguagem simples, Cristo tomou o nosso lugar, foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos ter o Seu lugar diante de Deus e sermos tratados como Ele merecia. Não é de se admirar, então, que o crente possa entrar com ousadia no Santo dos Santos, ou seja, na própria presença de Deus, através do sangue de Jesus (Hebreus 10:19). Não é de se admirar que o pobre pródigo pecador seja recebido com tanto amor; esteja vestido com a melhor túnica, com o anel, com os sapatos, é dado o lugar de filho e se regozija à mesa do pai; visto que, ao fazer tudo isso, Deus está apenas mostrando a todos o deleite inexprimível que Ele sente na obra e na pessoa de Jesus Cristo, Seu Filho. Quando podemos medir o quão Cristo é estimado por Deus, podemos medir as bênçãos que pertencem a todos quantos vêm a Deus por meio de Cristo; pois um é a medida do outro.

Leitor, você já aprendeu que não apenas Deus o perdoou, mas que Ele se deleita positivamente em você, em virtude daquilo que Ele vê (não em você, observe, mas) em Jesus Cristo? O homem que não aprendeu o deleite de Deus na recepção do pecador e no torná-lo adequado a Sua presença aprendeu, na melhor das hipóteses, apenas um meio Evangelho. Ah! Lamentavelmente tem sido considerado um sinal de humildade o ficar bem longe, sob a sombra das trevas do Sinai e da lei, e clamar a Deus para não tomar vingança dos nossos pecados, nem dos pecados de nossos antepassados, mas para nos poupar, e não se irar conosco para sempre, e recusar a luz, o afeto e a alegria da casa do Pai, e assim ferir o coração do Pai e lançar um insulto sobre a obra do bendito Senhor Jesus. Infelizmente, tem sido considerado humildade fazer de Deus um mentiroso. Então marque tudo isto, meu leitor, que tudo o que é dito aqui é de posse devida e normal a todo cristão: ou seja, é minha, tanto quanto do Apóstolo Paulo, pois é apenas em virtude do que Cristo é e o que Ele fez, não tendo nada a ver com o nosso andar e realizações cristãs. E aquele que diz: "Bem, eu não tenho essa bênção", na prática está dizendo (por incredulidade), que ele não possui o lugar do Cristão de forma alguma.

Mas o Cristão não é apenas justificado, ele também é santificado; ele é um santo (observe que as Escrituras não dizem, como os homens pregam, que alguns poucos Cristãos mortos são santos, mas, pelo contrário, que todos os Cristãos vivos são santos). Isso pode surpreender alguns que estão acostumados com a expressão teológica usual, que justificação é um ato feito de uma só vez e que santificação é gradual e progressiva. Não se nega, é claro, que exista tal coisa como uma santificação gradual, isto é, um aumento de santidade do andar do indivíduo que, permanecendo no Filho, cresce de uma criança pequena para um jovem e de um jovem para um pai na família de Deus (veja I João 2:13; Efésios 5:26). Esse crescimento é uma questão de profunda importância e Deus nos livre de fazer pouco caso disso. Não obstante, ousadamente se afirma que o Cristão das Escrituras, segundo uso comum do termo, é um santificado, ou santo: entende-se, não apenas os especialmente santos no andar, mas aquele que é separado para Deus, pelo chamado de Deus. O Apóstolo Paulo, depois de enumerar uma lista terrível de pecados, prossegue dizendo: "Tais fostes alguns; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (I Coríntios 6:11). No segundo verso do primeiro capítulo da Epístola, Paulo escreve aos coríntios, os quais são santificados em Cristo Jesus, chamados santos. Esta última expressão não é muito clara no Inglês*. No Grego é bastante claro "santos por chamamento"; isto é, pelo chamado de Deus. Em Hebreus 10:10 está escrito: "Na qual vontade" (a saber, a vontade de Deus) "temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez". O Apóstolo Judas também fala dos crentes como "santificados por Deus o Pai" (versículo 1). E deve-se ter em mente que Jesus Cristo é a nossa Santificação, assim como a nossa Justiça (I Coríntios 1:30). Essa santificação será melhor compreendida pelas palavras de nosso Senhor: "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (João 17:19). É evidente que o Senhor não poderia ser feito santo, porque Ele sempre foi santo; mas Ele foi separado como O Santo para um propósito especial: e assim os crentes são separados como santificados, ou santos; não pela santidade do andar, mas pelo chamado e vontade de Deus, embora o resultado dessa santificação deva ser, de fato deva ser, a santidade do andar. Qualquer um que pegue uma concordância bíblica e procure a palavra "santos" encontrará que, em Atos e nas Epístolas, os crentes são chamados santos mais de cinquenta vezes, e que a palavra é sempre aplicada a todos os crentes, e nunca para certos crentes especiais, cujo andar era mais santo do que o dos outros. Além disso, Deus nunca chama crentes de pecadores. Pelo contrário, a Escritura diz: "sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8); claramente implicando que não somos assim agora. A passagem em I Timóteo 1:15, que às vezes é mencionada, é dita pelo Apóstolo Paulo sobre si mesmo e nisso ele está se referindo ao que ele fez no seu estado não convertido. Portanto, é muito evidente que o povo de Deus é, aos Seus olhos, santificado ou santo, e não pecador.

Objetores certamente dirão: "Então você está dizendo que vocês, santos, nunca pecam?" Não é assim. A definição comum de pecador é a de alguém que às vezes peca; nesse caso então é naturalmente assumido que um santo é aquele que nunca peca. Mas, segundo Deus, um pecador não é aquele que às vezes peca, mas aquele que sempre peca, que nunca faz nada além de pecar, pois ele é um inimigo de Deus e um incrédulo, e, como tal, réprobo para toda boa obra (Tito 1:16). Ele não é reconciliado com Deus e, portanto, tudo o que faz é pecado (veja Provérbios 15:8; Provérbios 21:4,27). O santo, pelo contrário, é reconciliado e pode agradar a Deus (veja I Tessalonicenses 4:1), embora (infelizmente!) ele nem sempre faz isso; porque todos tropeçamos em muitas coisas (Tiago 3:2). Assim, vimos no testemunho inconfundível das Escrituras que todos os Cristãos verdadeiros são justificados ou considerados justos, e são feitos prontos para a glória; eles também são santificados, ou feitos santos, pela vontade de Deus, por meio da oferta de Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.


*Nota do tradutor: do mesmo modo no Português.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

O que é um Cristão? 4/12 Justificação e Santificação (parte 5)



Objetores certamente dirão: "Então você está dizendo que vocês, santos, nunca pecam?" Não é assim. A definição comum de pecador é a de alguém que às vezes peca; nesse caso então é naturalmente assumido que um santo é aquele que nunca peca. Mas, segundo Deus, um pecador não é aquele que às vezes peca, mas aquele que sempre peca, que nunca faz nada além de pecar, pois ele é um inimigo de Deus e um incrédulo, e, como tal, réprobo para toda boa obra (Tito 1:16). Ele não é reconciliado com Deus e, portanto, tudo o que faz é pecado (veja Provérbios 15:8; Provérbios 21:4,27). O santo, pelo contrário, é reconciliado e pode agradar a Deus (veja I Tessalonicenses 4:1), embora (infelizmente!) ele nem sempre faz isso; porque todos tropeçamos em muitas coisas (Tiago 3:2). Assim, vimos no testemunho inconfundível das Escrituras que todos os Cristãos verdadeiros são justificados ou considerados justos, e são feitos prontos para a glória; eles também são santificados, ou feitos santos, pela vontade de Deus, por meio da oferta de Jesus Cristo e pelo Espírito Santo.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe


domingo, 21 de junho de 2020

O que é um Cristão? 4/12 Justificação e Santificação (parte 4)



Mas o Cristão não é apenas justificado, ele também é santificado; ele é um santo (observe que as Escrituras não dizem, como os homens pregam, que alguns poucos Cristãos mortos são santos, mas, pelo contrário, que todos os Cristãos vivos são santos). Isso pode surpreender alguns que estão acostumados com a expressão teológica usual, que justificação é um ato feito de uma só vez e que santificação é gradual e progressiva. Não se nega, é claro, que exista tal coisa como uma santificação gradual, isto é, um aumento de santidade do andar do indivíduo que, permanecendo no Filho, cresce de uma criança pequena para um jovem e de um jovem para um pai na família de Deus (veja I João 2:13; Efésios 5:26). Esse crescimento é uma questão de profunda importância e Deus nos livre de fazer pouco caso disso. Não obstante, ousadamente se afirma que o Cristão das Escrituras, segundo uso comum do termo, é um santificado, ou santo: entende-se, não apenas os especialmente santos no andar, mas aquele que é separado para Deus, pelo chamado de Deus. O Apóstolo Paulo, depois de enumerar uma lista terrível de pecados, prossegue dizendo: "Tais fostes alguns; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus" (I Coríntios 6:11). No segundo verso do primeiro capítulo da Epístola, Paulo escreve aos coríntios, os quais são santificados em Cristo Jesus, chamados santos. Esta última expressão não é muito clara no Inglês*. No Grego é bastante claro "santos por chamamento"; isto é, pelo chamado de Deus. Em Hebreus 10:10 está escrito: "Na qual vontade" (a saber, a vontade de Deus) "temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez". O Apóstolo Judas também fala dos crentes como "santificados por Deus o Pai" (versículo 1). E deve-se ter em mente que Jesus Cristo é a nossa Santificação, assim como a nossa Justiça (I Coríntios 1:30). Essa santificação será melhor compreendida pelas palavras de nosso Senhor: "E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade" (João 17:19). É evidente que o Senhor não poderia ser feito santo, porque Ele sempre foi santo; mas Ele foi separado como O Santo para um propósito especial: e assim os crentes são separados como santificados, ou santos; não pela santidade do andar, mas pelo chamado e vontade de Deus, embora o resultado dessa santificação deva ser, de fato deva ser, a santidade do andar. Qualquer um que pegue uma concordância bíblica e procure a palavra "santos" encontrará que, em Atos e nas Epístolas, os crentes são chamados santos mais de cinquenta vezes, e que a palavra é sempre aplicada a todos os crentes, e nunca para certos crentes especiais, cujo andar era mais santo do que o dos outros. Além disso, Deus nunca chama crentes de pecadores. Pelo contrário, a Escritura diz: "sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8); claramente implicando que não somos assim agora. A passagem em I Timóteo 1:15, que às vezes é mencionada, é dita pelo Apóstolo Paulo sobre si mesmo e nisso ele está se referindo ao que ele fez no seu estado não convertido. Portanto, é muito evidente que o povo de Deus é, aos Seus olhos, santificado ou santo, e não pecador.


*Nota do tradutor: do mesmo modo no Português.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

quinta-feira, 18 de junho de 2020

O que é um Cristão? 4/12 Justificação e Santificação (parte 3)



Leitor, você já aprendeu que não apenas Deus o perdoou, mas que Ele se deleita positivamente em você, em virtude daquilo que Ele vê (não em você, observe, mas) em Jesus Cristo? O homem que não aprendeu o deleite de Deus na recepção do pecador e no torná-lo adequado a Sua presença aprendeu, na melhor das hipóteses, apenas um meio Evangelho. Ah! Lamentavelmente tem sido considerado um sinal de humildade o ficar bem longe, sob a sombra das trevas do Sinai e da lei, e clamar a Deus para não tomar vingança dos nossos pecados, nem dos pecados de nossos antepassados, mas para nos poupar, e não se irar conosco para sempre, e recusar a luz, o afeto e a alegria da casa do Pai, e assim ferir o coração do Pai e lançar um insulto sobre a obra do bendito Senhor Jesus. Infelizmente, tem sido considerado humildade fazer de Deus um mentiroso. Então marque tudo isto, meu leitor, que tudo o que é dito aqui é de posse devida e normal a todo cristão: ou seja, é minha, tanto quanto do Apóstolo Paulo, pois é apenas em virtude do que Cristo é e o que Ele fez, não tendo nada a ver com o nosso andar e realizações cristãs. E aquele que diz: "Bem, eu não tenho essa bênção", na prática está dizendo (por incredulidade), que ele não possui o lugar do Cristão de forma alguma.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O que é um Cristão? 4/12 Justificação e Santificação (parte 2)



Um criminoso perdoado nunca poderia se sentir confortável na presença de seu juiz e nem mesmo na de homens honestos. Mas, bendito seja o nome de Deus, não somos apenas criminosos e pecadores perdoados; mas justificados, ou seja, somos positivamente considerados justos; e, portanto, estamos em paz com Deus e podemos nos sentir confortáveis em Sua presença; como está escrito: "ora, não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor; o qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação. Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus" (Romanos 4:23-25; 5:1-2). Isso é ainda mais fortemente colocado nos versículos: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus" (II Coríntios 5:21), "Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus ... justiça" (I Coríntios 1:30), "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz" (Colossenses 1:12). Quão claramente esses versículos nos mostram que o crente não apenas é perdoado, mas também é considerado positivamente justo e, portanto, adequado à presença do próprio Deus. Mas lembre-se, meu caro leitor, de que isso não é em virtude de qualquer coisa que o crente tenha feito ou fará; mas simplesmente e unicamente em virtude da graça de Deus e da obra de Cristo. Essa verdade é outra vez muito claramente exposta nos tipos do Antigo Testamento da oferta pelo pecado e da oferta queimada/holocausto (Levítico 1-7). Em cada uma dessas ofertas, o ofertante pôs a mão na cabeça do animal inocente a ser oferecido; e o significado dessa imposição de mãos era de que o ofertante estava assim identificado com a vítima. Existe, no entanto, esta grande diferença entre as ofertas. A carcaça da oferta pelo pecado foi tratada como uma coisa amaldiçoada e queimada fora do arraial, mostrando que nosso pecado foi transferido para Cristo, e Ele foi amaldiçoado por nós (veja Gálatas 3:13); enquanto que o holocausto, que foi totalmente queimado como um aroma agradável a Deus no altar, mostra que a aceitabilidade de Cristo é transferida para nós que cremos. Para colocar em linguagem simples, Cristo tomou o nosso lugar, foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos ter o Seu lugar diante de Deus e sermos tratados como Ele merecia. Não é de se admirar, então, que o crente possa entrar com ousadia no Santo dos Santos, ou seja, na própria presença de Deus, através do sangue de Jesus (Hebreus 10:19). Não é de se admirar que o pobre pródigo pecador seja recebido com tanto amor; esteja vestido com a melhor túnica, com o anel, com os sapatos, é dado o lugar de filho e se regozija à mesa do pai; visto que, ao fazer tudo isso, Deus está apenas mostrando a todos o deleite inexprimível que Ele sente na obra e na pessoa de Jesus Cristo, Seu Filho. Quando podemos medir o quão Cristo é estimado por Deus, podemos medir as bênçãos que pertencem a todos quantos vêm a Deus por meio de Cristo; pois um é a medida do outro.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

terça-feira, 16 de junho de 2020

O que é um Cristão? 4/12 Justificação e Santificação (parte 1)

Justificação e Santificação

O crente não é apenas perdoado, mas também é justificado - isto é, considerado justo. E bendito seja o nome de Deus, que Ele é justo ao fazer isso em virtude da obra do Senhor Jesus Cristo. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados livremente pela Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus; a quem Deus propôs como propiciação pela fé no Seu sangue, para demonstrar a Sua justiça ao deixar passar os pecados antes cometidos" (tradução literal) "pela paciência de Deus; para demonstrar, neste tempo presente, a Sua justiça; para que Ele seja justo e o justificador daquele que crê em Jesus". (Romanos 3:23-26). Isso nos mostra que, antes da morte e ressurreição de Cristo, só era justamente possível que Deus deixasse passar os pecados dos crentes do Antigo Testamento, em virtude do que Ele ainda iria fazer; eles não poderiam ser justificados, pois Cristo ainda não havia morrido. Mas agora, desde a ressurreição de Cristo, bendito seja o Seu nome, nós que cremos somos não apenas perdoados, mas justificados. Um homem pode perdoar a outro por um pecado cometido contra ele; mas nenhum homem pode justificar outro homem; você pode perdoar a um ladrão, mas não pode justificá-lo. Mas Deus justifica o pecador que crê em Jesus. É como se tivéssemos ido à vara do julgamento; tivéssemos sido provados culpados e totalmente sem desculpa; e ainda assim, de uma maneira maravilhosa, tivéssemos conseguido sair daquela vara, não apenas absolvidos, mas até mesmo sem nem sequer uma mancha em nosso caráter.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

segunda-feira, 15 de junho de 2020

O que é um Cristão? 3/12 Perdão dos pecados (completo)

Perdão dos pecados

Em nosso estado natural, somos todos pecadores, pois somos todos ímpios e inimigos de Deus (ver Romanos 5: 6,10); e somos totalmente incapazes de fazer qualquer coisa para agradar a Deus, como já foi mostrado. Em regra, quando uma pessoa faz a pergunta: "Você é um pecador?" Ele responde com desdém: "Oh! Sim, somos todos pecadores", mas o que ele está querendo dizer com isso? Que simplesmente todos nós às vezes fazemos algo de errado. Contudo, esse não é o significado da palavra pecador, como é usada na palavra de Deus. Aquele a quem Deus chama de pecador é aquele que está afastado de Deus, e todas as suas obras são odiosas a Deus e, portanto, alguém sobre quem a ira de Deus permanece. E a menos que você, meu leitor, esteja disposto a se curvar a esta verdade de que por natureza você é um odiador de Deus e que suas melhores obras não são nada a não ser uma massa de pecado, é inútil prosseguir com este livro. Ninguém jamais entenderá a graça de Deus se não aceitar o fato de o homem estar, como filho de Adão, sem esperança e em ruína total. E a menos que ele veja que ele precisa tanto de se arrepender de seus feitos religiosos, de suas obras de caridade e de suas boas obras (assim chamadas), como ele faz dos seus assim chamados pecados (pois todos são semelhantemente pecados, diante de Deus); ele não pode ser salvo. A fim de sermos realmente abençoados, devemos apenas chegar a isto: que tudo o que fizemos e o que somos não é nada a não ser pecado.

Se você, meu leitor, chegou a isso, então abençoado seja Deus, você irá abraçar de bom grado a graça de Deus e nunca, em toda a eternidade, será capaz de medir a extensão da bênção que Deus te concede em nosso Senhor Jesus Cristo e por nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho pregado aos pecadores é o Evangelho de perdão dos pecados (ver Lucas 24:46-47; Atos 10:36-43); e no momento em que o pecador crê na mensagem assim apresentada a ele, ele é perdoado; e aprende que Cristo, tendo arcado com o castigo decorrente dos seus pecados, Deus então nunca irá trazer esses pecados em julgamento contra ele. O Apóstolo João diz: "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados" (I João 2:12). O Apóstolo Paulo diz: "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz ... em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:12,14). Qualquer um que se dê ao trabalho pode encontrar muito mais passagens desse tipo. Ele, portanto, que veio a Deus através de Jesus Cristo, não é mais, segundo o que Deus chama, um pecador. Ele é uma pessoa perdoada. Seus pecados são jogados fora de uma vez por todas para sempre. Ele costumava ser um inimigo, bem distante, mas se tornou uma pessoa perdoada, em íntimo relacionamento com Deus. Novas responsabilidades, sem dúvida, surgem a partir desse momento; mas sua antiga responsabilidade como filho de Adão deixou de existir para sempre. Mas alguém pode dizer: "Sim, eu sei que meus pecados passados ​​são perdoados, mas são meus pecados presentes e futuros que me atribulam". Ah, você não aprendeu a verdade de Deus sobre o assunto. Você não tem, como as Escrituras chamam, uma consciência perfeita ou purificada. (Compare Hebreus 9:8-9 com Hebreus 10:1-14). Você não conhece esta simples verdade: que quando você não havia ainda cometido um único pecado sequer - pois você ainda nem tinha nascido - Deus havia tão completamente resolvido com Cristo a questão dos teus pecados, que é totalmente impossível para Ele trazer um único pecado contra você em julgamento. (Essa verdade é claro, é apenas para os crentes; como uma propiciação, Cristo morreu por todos, mas as Escrituras que falam dEle como um Substituto e como carregando nossos pecados se aplicam somente aos crentes, isto é, àqueles que aceitam a verdade de Ele ter feito propiciação). Você não pode ter essa paz estabelecida até que aprenda essa importante verdade. Mas quando você tiver aprendido isso, você saberá com alegria o que é ser aperfeiçoado para sempre (quanto à consciência) por meio do sangue de Cristo. Hebreus 10:14, João 5:24 (versão revisada) e I João 4:17, são também muito distintos em dizer que o crente não entrará sequer em juízo (isto é, para ser ou não aceito), pois como Cristo é, assim é ele neste mundo. Pense nisso, meu leitor, que se você é um crente no Senhor Jesus, é tão impossível para você ser julgado em relação a sua aceitação quanto é para o Senhor Jesus ser assim julgado. Graças a Deus por sua graça indizível.

Sem dúvida, uma dificuldade surgirá na mente de muitos, a saber: se o cristão é uma pessoa perdoada de uma vez por todas, então o que dizer dos pecados cometidos após o perdão ter sido recebido? Essa dificuldade será considerada no capítulo que fala das responsabilidades individuais do crente, ou seja, no capítulo 10. Outra classe de objetores, sem dúvida, dirá: "Então, se um crente tem certeza da glória, se é necessário apenas crer e assim ele obtém perdão, logo, para sempre depois disso, podemos viver como gostamos sem medo das consequências". Essa objeção é tão antiga quanto o Evangelho (veja Romanos 6:1). E é invariavelmente encontrada onde quer que o verdadeiro Evangelho da graça de Deus seja pregado, daqueles que não conhecem nem a Deus e nem a graça de Deus. Ela procede ou de legalistas, que não entendem nada da ruína do homem, nem do remédio de Deus, e ignoram completamente o fato de que, com o perdão dos pecados, Deus implanta uma nova natureza, com seus novos desejos etc., e que, portanto, é impossível para o crente ter o anseio de seguir o seu antigo caminho, ou então procede de pessoas iníquas, cujo único desejo é se libertar do pavor do inferno, a fim de que possam viver, sem medo, suas próprias luxúrias. Em ambos os casos, os opositores entregam a si mesmos pelas suas próprias palavras; pois eles assim mostram que não têm ideia do que seja o ódio pelo pecado, e então assumem que o castigo é a única coisa a ser temida; de modo que quando o pavor da punição é removido, imediatamente toda restrição desaparece. Portanto, nada mais precisa ser dito aqui para responder a tais objetores; pois eles não têm parte ou sorte em Jesus Cristo, e Ele próprio os tratará em juízo quando voltar. Tal objeção maligna não pode, de maneira alguma, proceder de um coração humilde e contrito (pois apenas a esse Deus recebe e perdoa), que odeia o pecado muito mais do que a punição do pecado; e não se importaria em nada com um perdão e salvação, que ainda deixasse alguém aprisionado a fim de andar segundo os desejos e pensamentos do coração natural. Seu objetivo é a salvação do pecado, como então ele pode andar em pecado?


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

O que é um Cristão? 3/12 Perdão dos pecados (parte 3)



Sem dúvida, uma dificuldade surgirá na mente de muitos, a saber: se o cristão é uma pessoa perdoada de uma vez por todas, então o que dizer dos pecados cometidos após o perdão ter sido recebido? Essa dificuldade será considerada no capítulo que fala das responsabilidades individuais do crente, ou seja, no capítulo 10. Outra classe de objetores, sem dúvida, dirá: "Então, se um crente tem certeza da glória, se é necessário apenas crer e assim ele obtém perdão, logo, para sempre depois disso, podemos viver como gostamos sem medo das consequências". Essa objeção é tão antiga quanto o Evangelho (veja Romanos 6:1). E é invariavelmente encontrada onde quer que o verdadeiro Evangelho da graça de Deus seja pregado, daqueles que não conhecem nem a Deus e nem a graça de Deus. Ela procede ou de legalistas, que não entendem nada da ruína do homem, nem do remédio de Deus, e ignoram completamente o fato de que, com o perdão dos pecados, Deus implanta uma nova natureza, com seus novos desejos etc., e que, portanto, é impossível para o crente ter o anseio de seguir o seu antigo caminho, ou então procede de pessoas iníquas, cujo único desejo é se libertar do pavor do inferno, a fim de que possam viver, sem medo, suas próprias luxúrias. Em ambos os casos, os opositores entregam a si mesmos pelas suas próprias palavras; pois eles assim mostram que não têm ideia do que seja o ódio pelo pecado, e então assumem que o castigo é a única coisa a ser temida; de modo que quando o pavor da punição é removido, imediatamente toda restrição desaparece. Portanto, nada mais precisa ser dito aqui para responder a tais objetores; pois eles não têm parte ou sorte em Jesus Cristo, e Ele próprio os tratará em juízo quando voltar. Tal objeção maligna não pode, de maneira alguma, proceder de um coração humilde e contrito (pois apenas a esse Deus recebe e perdoa), que odeia o pecado muito mais do que a punição do pecado; e não se importaria em nada com um perdão e salvação, que ainda deixasse alguém aprisionado a fim de andar segundo os desejos e pensamentos do coração natural. Seu objetivo é a salvação do pecado, como então ele pode andar em pecado?


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

sábado, 13 de junho de 2020

O que é um Cristão? 3/12 Perdão dos pecados (parte 2)



Se você, meu leitor, chegou a isso, então abençoado seja Deus, você irá abraçar de bom grado a graça de Deus e nunca, em toda a eternidade, será capaz de medir a extensão da bênção que Deus te concede em nosso Senhor Jesus Cristo e por nosso Senhor Jesus Cristo. O Evangelho pregado aos pecadores é o Evangelho de perdão dos pecados (ver Lucas 24:46-47; Atos 10:36-43); e no momento em que o pecador crê na mensagem assim apresentada a ele, ele é perdoado; e aprende que Cristo, tendo arcado com o castigo decorrente dos seus pecados, Deus então nunca irá trazer esses pecados em julgamento contra ele. O Apóstolo João diz: "Filhinhos, escrevo-vos, porque pelo seu nome vos são perdoados os pecados" (I João 2:12). O Apóstolo Paulo diz: "Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz ... em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados" (Colossenses 1:12,14). Qualquer um que se dê ao trabalho pode encontrar muito mais passagens desse tipo. Ele, portanto, que veio a Deus através de Jesus Cristo, não é mais, segundo o que Deus chama, um pecador. Ele é uma pessoa perdoada. Seus pecados são jogados fora de uma vez por todas para sempre. Ele costumava ser um inimigo, bem distante, mas se tornou uma pessoa perdoada, em íntimo relacionamento com Deus. Novas responsabilidades, sem dúvida, surgem a partir desse momento; mas sua antiga responsabilidade como filho de Adão deixou de existir para sempre. Mas alguém pode dizer: "Sim, eu sei que meus pecados passados ​​são perdoados, mas são meus pecados presentes e futuros que me atribulam". Ah, você não aprendeu a verdade de Deus sobre o assunto. Você não tem, como as Escrituras chamam, uma consciência perfeita ou purificada. (Compare Hebreus 9:8-9 com Hebreus 10:1-14). Você não conhece esta simples verdade: que quando você não havia ainda cometido um único pecado sequer - pois você ainda nem tinha nascido - Deus havia tão completamente resolvido com Cristo a questão dos teus pecados, que é totalmente impossível para Ele trazer um único pecado contra você em julgamento. (Essa verdade é claro, é apenas para os crentes; como uma propiciação, Cristo morreu por todos, mas as Escrituras que falam dEle como um Substituto e como carregando nossos pecados se aplicam somente aos crentes, isto é, àqueles que aceitam a verdade de Ele ter feito propiciação). Você não pode ter essa paz estabelecida até que aprenda essa importante verdade. Mas quando você tiver aprendido isso, você saberá com alegria o que é ser aperfeiçoado para sempre (quanto à consciência) por meio do sangue de Cristo. Hebreus 10:14, João 5:24 (versão revisada) e I João 4:17, são também muito distintos em dizer que o crente não entrará sequer em juízo (isto é, para ser ou não aceito), pois como Cristo é, assim é ele neste mundo. Pense nisso, meu leitor, que se você é um crente no Senhor Jesus, é tão impossível para você ser julgado em relação a sua aceitação quanto é para o Senhor Jesus ser assim julgado. Graças a Deus por sua graça indizível.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

sexta-feira, 12 de junho de 2020

O que é um Cristão? 3/12 Perdão dos pecados (parte 1)

Perdão dos pecados

Em nosso estado natural, somos todos pecadores, pois somos todos ímpios e inimigos de Deus (ver Romanos 5: 6,10); e somos totalmente incapazes de fazer qualquer coisa para agradar a Deus, como já foi mostrado. Em regra, quando uma pessoa faz a pergunta: "Você é um pecador?" Ele responde com desdém: "Oh! Sim, somos todos pecadores", mas o que ele está querendo dizer com isso? Que simplesmente todos nós às vezes fazemos algo de errado. Contudo, esse não é o significado da palavra pecador, como é usada na palavra de Deus. Aquele a quem Deus chama de pecador é aquele que está afastado de Deus, e todas as suas obras são odiosas a Deus e, portanto, alguém sobre quem a ira de Deus permanece. E a menos que você, meu leitor, esteja disposto a se curvar a esta verdade de que por natureza você é um odiador de Deus e que suas melhores obras não são nada a não ser uma massa de pecado, é inútil prosseguir com este livro. Ninguém jamais entenderá a graça de Deus se não aceitar o fato de o homem estar, como filho de Adão, sem esperança e em ruína total. E a menos que ele veja que ele precisa tanto de se arrepender de seus feitos religiosos, de suas obras de caridade e de suas boas obras (assim chamadas), como ele faz dos seus assim chamados pecados (pois todos são semelhantemente pecados, diante de Deus); ele não pode ser salvo. A fim de sermos realmente abençoados, devemos apenas chegar a isto: que tudo o que fizemos e o que somos não é nada a não ser pecado.




Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html  Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

quarta-feira, 10 de junho de 2020

O que é um Cristão? 2/12 Efeito da ressurreição de Cristo e vinda do Espírito Santo (completo)

Efeito da ressurreição de Cristo e vinda do Espírito Santo

Vamos examinar agora algumas das bênçãos desfrutadas pelo verdadeiro cristão. Mas, ao examinar esse assunto, deve-se entender claramente que é somente depois da ressurreição do Senhor Jesus Cristo e a vinda do Espírito Santo que as bênçãos cristãs são reveladas. Até o próprio Senhor Jesus Cristo, enquanto estava na terra, não revelou essas bênçãos. Ele disse: "Importa, porém, que seja batizado com um certo batismo; e como me angustio até que venha a cumprir-se!" (Lucas 12:50). E novamente: "Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora. Mas, quando vier Aquele, o Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir" (João 16:12-13). O Apóstolo Paulo também, citando Isaías 64:4 diz "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam". Até aqui citando o profeta Isaías. Mas o Apóstolo não para por aqui; ele acrescenta: "Mas Deus no-las revelou pelo Seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus [...] Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus" (I Coríntios 2:9-12). Isto é, que as coisas que o profeta declara que não podiam ser conhecidas nos tempos do Antigo Testamento, e nos foi dito expressamente, são para serem conhecidas agora, depois que o Espírito Santo veio. Exatamente o mesmo testemunho é dado pelo Apóstolo Pedro em sua primeira Epístola, capítulo 1, versículos 10 a 12. A partir dessas Escrituras, vemos claramente que a posição cristã só é revelada naqueles escritos da Escritura (ou seja, nas Epístolas) que foram escritos depois que o Espírito Santo desceu no dia de Pentecostes.

Veremos mais dessas mudanças poderosas, que foram realizadas na posição do crente desde a ressurreição do Senhor Jesus e a descida do Espírito Santo à medida que prosseguimos, pois todas as Epístolas estão repletas desse assunto. E é natural que assim seja; pois era absolutamente necessário que o homem fosse primeiro provado minuciosamente, para ver se ele poderia produzir obras aceitáveis ​​a Deus, antes que Deus mostrasse as riquezas da Sua graça. Porque, mesmo agora, depois de Deus ter provado pacientemente o homem pelos 4000 anos desde a criação do homem até a crucificação de Cristo - provou-o em inocência, provou-o como deixado à luz de sua consciência natural, provou-o por 1400 anos sob a lei, com uma religião e um governo dados por Deus, nas condições mais favoráveis possíveis; provou-o, também, pelo Seu próprio Filho descendo a nós em infinita graça e amor - ainda a massa da humanidade é tão louca em sua loucura, a ponto de pensar que eles naturalmente podem fazer obras aceitáveis a Deus, e absolutamente se recusam a se curvar à verdade de que as melhores obras do homem em seu estado natural, são abomináveis a Deus - como é estabelecido pelo versículo: "os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Romanos 8:8). Se é esse o caso mesmo agora, apesar do paciente tratamento de Deus com os homens; apesar do fato de termos crucificado o Senhor da glória, que veio a nós em infinito amor; apesar do claro e inconfundível testemunho da verdade de Deus sobre o assunto; quão pior teria sido se a plena graça de Deus tivesse sido revelada antes que o homem fosse totalmente provado e toda a inimizade de seu coração trazida à luz. O resultado seria que a graça teria sido muito mais desprezada do que é hoje. Deus, o infinitamente sábio e bom, com certeza estará certo em todos os Seus caminhos; e podemos adorá-Lo porque Ele agiu exatamente dessa maneira e que foi exatamente na hora certa que Ele enviou Jesus Cristo (ver Gálatas 4:4). Podemos reconhecer claramente como era impossível que a presente plenitude de bênção tivesse sido apresentada antes que a obra de Cristo estivesse completa e Jesus Cristo viesse. Cuidado, pois, de cometer o erro de procurar a bênção cristã apropriada na revelação de Deus, antes da morte de Cristo. É porque muitos fazem isso que permanecem na escravidão e nas trevas, e à distância de Deus; embora Deus os tenha na luz, liberdade e proximidade de um lugar de filho. Vamos então, com toda a humildade, examinar a questão das bênçãos dos cristãos, prontos para aceitar tudo o que Deus nos dá, com a mais profunda gratidão e reverência, reconhecendo que não se trata de nossos próprios méritos - pois não temos nenhum, sendo simplesmente, como vistos fora de Cristo, pecadores merecedores do inferno - mas uma questão de valor da obra e pessoa de nosso Senhor.


Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html
Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

O que é um Cristão? 1/12 O significado do termo (completo)

O significado do termo

A palavra Cristão é usada apenas três vezes na Bíblia. Em Atos 11:26, está escrito que "em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos". As outras ocasiões nas quais o termo é usado são Atos 26:28 e 1 Pedro 4:16.

Pela palavra Cristão, neste livro, entende-se o povo de Deus durante o tempo presente, desde a morte, ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Cristo, e a vinda do Espírito Santo; e antes da segunda vinda do Senhor. Essas pessoas de Deus são, nas Escrituras, geralmente chamadas de irmãos, discípulos ou santos, embora esses termos não estejam confinados aos salvos durante a presente dispensação. A palavra Cristão, no entanto, pode ser usada em um duplo sentido; podemos aplicar a palavra somente àqueles que são Cristãos verdadeiros, ou seja, àqueles que são nascidos de Deus e têm perdão dos pecados, e nos quais o Espírito Santo habita; ou, podemos usar a palavra em um sentido geral como aplicável a todas as pessoas batizadas; e neste último sentido, quase todos os habitantes da Europa e América, assim como alguns em outras partes do globo, são Cristãos. Agora, todos esses últimos, exceto os poucos que são Cristãos reais, são de fato Cristãos sob responsabilidade e têm imensos privilégios; no entanto, isso só tornará a sua condenação mais terrível, a menos que se arrependam e creiam antes que seja tarde demais. Está escrito: "E o servo que soube a vontade do seu Senhor" [isto é, o Cristão nominal] "e não se aprontou, nem fez conforme a Sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube" [isto é, os ignorantes entre os pagãos] "e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (Lucas 12:47-48).

O objetivo em vista é procurar desdobrar alguma coisa das bênçãos, privilégios e responsabilidades do verdadeiro Cristão; todavia, se você, meu leitor, é um daqueles que meramente têm um nome para viver enquanto estão mortos; então neste caso, peço-te, antes que seja tarde demais, que pense que coisa terrível é ter o nome de Cristão, e ainda assim estar realmente sem Deus e sem esperança no mundo. "Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna" (Gálatas 6:7-8). Está escrito: "Como escaparemos nós, se não atentarmos"  [meramente não atentarmos] "para uma tão grande salvação". E de novo: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 2:3; Hebreus 10:31). Volte-se para Deus enquanto ainda há tempo, invoque-O enquanto Ele está próximo, enquanto a porta da misericórdia ainda estiver aberta. Ele não irá expulsá-lo, mas irá recebê-lo com amor infinito, irá apagar todos os seus pecados, irá torná-lo Seu filho agora e depois irá recebê-lo para a glória; tudo em virtude dos méritos e da morte de Seu Filho Jesus Cristo. Mas se você não se voltar, tenha certeza de que Aquele que não poupou Seu próprio Filho na cruz, mas o abandonou, certamente não o poupará; mas te expulsará para sempre da Sua presença no lago de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes.

 

Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html
Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

sábado, 6 de junho de 2020

O que é um Cristão? S.L.J.

Tradução do livro "What is a Christian?" de S.L. Jacob (1845-1911). Disponível em STEM Publishing: https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_What_is_Christian.html


Anexos (2)
Artigos do mesmo autor que acredito que complementam o livro "O que é um Cristão?":

1/2 "Teu irmão ... por quem Cristo morreu" Em breve!
                   https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_Thy_brother.html

2/2 O lado que está perdendo Em breve!
                   https://www.stempublishing.com/authors/Jacob/Jacob_Losing_Side.html


Traduzido por André Boechat. andreestudosbiblicos.blogspot.com @andre_boechatfelipe

Recomendações e traduções deste site

As obras traduzidas neste site e autores recomendados são CONSIDERADOS por MIM como REFERÊNCIAS para o estudo e doutrinas bíblicas e auxílio para tal. Não significa necessariamente que concordo com tudo o que está escrito nelas, pois não é esse o caso. Creio que APENAS as SAGRADAS ESCRITURAS SÃO INSPIRADAS POR DEUS, INFALÍVEIS e INERRANTES e cada crente deve examinar/julgar pelas Escrituras se as coisas são realmente assim (At 17:10-12). O que somente faço é RECONHECER que se trata de escritos valiosos de homens que receberam dom de Cristo e meu desejo é que os crentes de língua portuguesa tenham acesso a eles.


"Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um" (Romanos 12:3)
"Agora vos rogo, irmãos (sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaia, e que se tem dedicado ao ministério dos santos), que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha" (I Coríntios 16:15-16)
"Mas a graça foi dada a cada um de nós segundo a medida do dom de Cristo. Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto ele subiu que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor" (Efésios 4:7-16)
"E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; E que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós" (I Tessalonicenses 5:12-13)
"Lembrai-vos dos que vos governaram, os quais vos falaram a palavra de Deus; e, contemplando o fim do seu procedimento, imitai a sua fé" (Hebreus 13:7 TB).


Evangelistas
C. Stanley (1821-1890)
G. Cutting (1843-1934)
H.A. Ironside (1876-1951)


Pastores
R.C. Chapman (1803-1902)
C.H. Mackintosh (1820-1896)
S.L. Jacob (1845-1911)
William MacDonald (1917-2007)


Mestres
J.N. Darby (1800-1882)
W. Kelly (1821-1906)


Exemplos de Vida e Ministério dependente somente do Senhor para “missões” e “obras”
A.N. Groves (1795-1853)
George Muller (1805-1898)
J. Hudson Taylor (1832-1905)


Missionários no Brasil:
Richard Holden (1828-1886)
Stuart Edmund McNair (1867-1959)
George Howes (1873-1945)
William Anglin (1882-1965)


Repensando as práticas dos “Irmãos” (assim chamados)
Conferências de Stourbridge e Devonshire 1906-1910 (convocadores: G.W. Heath e H.D. Woolley)
Thomas Neatby (1835-1911)
W. Scott (1838-1933)
A.H. Burton (1853-1937)
A. Mace (1854-1944)
J.H. Burridge (1856-1941)
R. Elliot (1861-1950)
A.E. Knight (1861-1934)
W.W. Fereday (1866-1959)


Onde encontrar escritos desses irmãos:
Christian Brethren Archive - John Rylands Library - University of Manchester 
Brethren Archive
STEM Publishing
Plymouth Brethren Writings
Bible Truth Publishers
Bible Centre
Present Truth Publishers
Bruederbewegung (Deutsch)
Christian Writings Archive
H.A. Ironside on Jesus is Savior.com
William MacDonald blog
William MacDonald official


Em português:
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A Cosmovisão Cristã na Cultura Pós-Moderna:
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